Existem dois tipos de testes de gravidez: os exames de sangue e os de urina (farmácia). Eles detectam a presença e a quantidade do hCG, um hormônio produzido, depois da implantação do embrião no útero.
Vamos às principais dúvidas sobre eles:
Quando é o melhor momento para realizar o exame de gravidez?
Depende do tipo de exame que será utilizado. Os exames de urina detectam a presença do hCG (hormônio gonadotrofina coriônica humana), que como dissemos, é produzido depois da implantação do embrião. Para esse tipo de teste, o ideal é esperar o atraso menstrual, que é quando o nível de hCG na urina é suficiente para ser detectado. Vale lembrar que algumas mulheres podem ter níveis mais baixos de hCG e, por isso, pode ser necessário esperar mais tempo para obter um resultado preciso.
Já os exames de sangue exigem menos espera. Ele não só detecta a presença quanto é capaz de medir a quantidade de hCG no sangue e por ela, estimar o tempo de gestação.
Qual tipo de exame de gravidez é mais preciso, o de farmácia ou de sangue?
O exame de sangue é considerado o mais preciso. Ele consegue detectar quantidades baixíssimas de hCG (hormônio produzido depois da implantação do embrião no útero).Por isso, o exame de sangue pode indicar a gravidez, antes de um teste de urina.
O exame de sangue também fornece outras informações como a possibilidade de uma gravidez múltipla (por meio das quantidades elevadas de hCG), o tempo de gestação e pode ser ainda utilizado para indicar problemas como se uma gravidez é ectópica (quando o óvulo é fertilizado fora do útero).
Por tudo isso, na dúvida, faça o exame de sangue.
O que indica um resultado positivo ou negativo em um exame de gravidez?
Depende do tipo de exame que é feito. O que exige uma atenção maior é o de farmácia. O de sangue é interpretado pelo laboratório e o resultado vem escrito com todas as letras, sem muita margem para interpretações equivocadas em casa.
Como é o positivo?
Um resultado positivo em um teste de farmácia geralmente é indicado por uma linha ou símbolo específico. A maioria dos exames de farmácia usa uma janela com duas linhas, onde uma é a linha de controle e a outra é a linha de teste. Se a linha de teste aparecer, independentemente da cor ou intensidade, significa que o teste é positivo e indica que a pessoa está grávida. Alguns testes também podem usar símbolos como “+” ou “Preg” para indicar um resultado positivo. Alguns já dão até a estimativa de semanas. Resumindo, para a maioria, se apareceram duas linhas, é o positivo.
O negativo
Como falado, a maioria dos testes de farmácia usa uma janela com duas linhas, onde uma linha é a linha de controle e a outra é a linha de teste. Se apenas a linha de controle aparecer, significa que o teste é negativo e indica que a pessoa pode não estar grávida. Alguns testes também podem usar símbolos como “-” ou “Não Preg” para indicar um resultado negativo.
Por que destacamos o “pode não estar grávida”? Um resultado positivo geralmente não tem erro. Mas como já explicamos um resultado negativo também pode aparecer, quando a mulher ainda não tem as quantidades de hCG suficientes para serem lidas pelo teste. Isso depende do período em que ele é feito e também da fisiologia da mulher.
O que fazer se o exame deu um resultado negativo, mas ainda há suspeita de gravidez?
Existem algumas razões para que isso aconteça. Se foi feito um exame de farmácia, é possível que tenha sido feito incorretamente ou antes que o corpo tivesse uma quantidade de hCG suficiente para atestar a gravidez. Vale a pena repetir ou fazer o exame de sangue, mas não descarte a ida ao médico para que seja investigado outras possíveis causas para os sintomas.
É possível ter um resultado falso positivo ou falso negativo?
Os testes disponíveis no mercado são muito precisos. Mas falsos negativos podem acontecer por falha humana ou por uma condição fisiológica. Alguns exemplos dessas situações: o teste foi feito cedo demais, antes que o corpo tivesse uma quantidade suficiente de hCG para atestar a gravidez; o exame foi feito de forma inadequada; a mulher não esperou o tempo mínimo exigido para o resultado; o resultado foi interpretado de forma errada etc.
Falsos positivos são mais raros, mas também podem acontecer em situações muito específicas, como em caso de doenças ou de uso de medicamentos que levem à elevação do hCG.
Para não ter erro, não se esqueça: faça o exame de sangue e procure um médico.
Como os exames de gravidez funcionam?
Os exames de gravidez funcionam ao identificar a presença de um hormônio no sangue ou na urina: o hCG (hormônio gonadotrofina coriônica humana). Ele é produzido, logo após a implantação do embrião na parede do útero.
Existem dois tipos principais de exames de gravidez: os exames de sangue e os exames de urina (farmácia). Os exames de sangue são geralmente mais precisos e podem detectar uma gravidez, antes de um exame de urina por conseguirem detectar quantidades bem baixas do hCG. Já os exames de urina são mais fáceis de serem realizados, são facilmente encontrados nas farmácias e são mais baratos.
Quais são os sintomas que indicam uma gravidez?
É importante deixar claro que nem todas as mulheres experimentam os mesmos sinais. Além dos sintomas de uma gravidez variarem de mulher para mulher, a percepção do próprio corpo também é diferente. Tem mulher que na mínima mudança hormonal sente que há algo fora do eixo. Outras, vão demorar um pouco mais para terem essa percepção ou simplesmente não vão ter. Em uma sociedade em que a mulher acumula inúmeras funções como a nossa, não é raro que algumas não tenham tempo para olhar para si próprias e se darem permissão para sentir alguma coisa.
Geralmente, os primeiros sinais aparecem uma a duas semanas, depois da relação sexual. É o tempo que o embrião leva para se implantar no útero. Antes disso, não tem como ter sintomas (relaxa, amiga! Deixa de ser doida!). A maioria deles vão ser mais notados a partir de 2 a 3 semanas da relação sexual, que é quando há um aumento considerável dos hormônios.
Você vai notar que os sintomas são muito genéricos e variam até de gestação para gestação (o que uma mulher sentiu numa gravidez não necessariamente vai sentir também na segunda ou na terceira…). Nem todo mundo vai experimentar a mesma coisa, com a mesma intensidade, independente de quantas gestações já tenha encarado.
Você veio parar nesse post, atrás de uma resposta que lhe dê tranquilidade sobre estar ou não estar grávida. Então, quer saber? Só tem um jeito de acabar com esse tormento de vez: faz o teste de gravidez! É o exame que vai tirar essa dúvida logo da cabeça e de um jeito certeiro! Graças a Deus, a gente tem esse recurso! Só lembre de esperar o atraso menstrual, tá? Isso é importante. Qualquer sintoma antes disso, pode ser por inúmeras outras razões, incluindo emocionais. Você vai reparar que a maioria deles parece até TPM!
Tirando a ansiedade, tem um outro motivo para querer saber logo essa resposta: se você estiver grávida, quanto antes começar o pré-natal, melhor! Justamente por causa disso é que nós temos de falar dos sintomas de gravidez. Embora eles não sejam usados pelos médicos para DIAGNOSTICAR a gravidez, há mulheres que podem ignorar totalmente os sinais e só perceber a gestação tarde demais para os cuidados com o bebê.
Decidimos detalhar cada um dos sintomas mais comuns, pensando também na apreensão da mulher que percebe as mudanças, mas acha que está doente ou que algo vai mal na gestação…enfim, não consegue entender o que está se passando.
Então, vamos lá a alguns sintomas que podem ajudar a perceber uma gravidez ou a tranquilizar aquela grávida que já engatou a fase “é normal ter…?”
Mas antes disso, um detalhe: a estimativa de quando os sintomas de gravidez aparecem está dada em semanas de gestação. O cálculo de semanas é feito a partir da última menstruação e não do dia da relação sexual ou do momento em que o embrião é implantado. (É confuso pra caramba mesmo! É papo de obstetra e de grávida e ela esquece imediatamente como é que conta, a partir da hora em que o bebê nasce!).
- Pequeno sangramento vaginal: 3a ou 4a semana de gestação. Sangramento de nidação (momento em que o embrião se prende à parede do útero). Não acontece com todo mundo e como vem perto do período que seria o menstrual, muitas mulheres o confundem com a menstruação.
Pode durar até 3 dias, causar uma cólica leve e a cor varia, desde um vermelho escuro a um levemente rosado (ou seja: o critério “cor” não ajuda em nada! Foca na duração curta, no volume muito discreto para ser uma menstruação e lembre-se de não pirar, se não tiver, porque mais uma vez, não acontece com todo mundo).
- Atraso menstrual: lá para a 4a semana. Aí, sim! A ausência de menstruação é o sinal mais comum de gravidez e geralmente é o que leva as mulheres a procurarem os testes (não faça sem ler tudo o que gente preparou aqui, no Canguru, sobre eles!). “Ah, mas eu conheço alguém que viu no Discovery Home & Health um caso de uma mulher que não sabia que estava grávida e “menstruou” durante a gestação inteira’’! “Calma, calma, calma, não criemos pânico!” Isso é papo pra um outro post! Em tese, não acontece. Grávidas não menstruam. Ponto.
“Ah, meu Deus do Céu!”, gelou-se inteira a amiga que ainda não fez o teste, está com a menstruação atrasada e tá encucada aqui com a possibilidade de estar grávida. Calma, respira, não pira! Muitas situações podem levar a um atraso menstrual, inclusive, a neura! Cansaço, má alimentação, infecção, stress, troca de remédios…enfim, tem uma série de outras causas possíveis para um atraso menstrual. Além disso, nem todas as mulheres tem um ciclo regulado, reloginho! Tem gente que nem sabe se a menstruação está mesmo atrasada. Espere para ter certeza, leia o que a gente preparou sobre os testes, faça tudo direitinho. Dando positivo ou negativo, nós e os médicos estaremos aqui para lhe apoiar, sempre. - Cólicas ou dor abdominal: por volta da 4a ou 5a semana. Algumas mulheres sentem cólicas leves, semelhantes às que ocorrem durante a menstruação. É normal e até esperado, acontece devido ao crescimento do útero. Pode acontecer durante toda a gestação. (Naturalmente, se a cólica for forte demais, é preciso ir ao médico para checar se há uma outra causa.)
Se precisar tomar um remédio, é bom consultar o médico. Lembre-se que se você estiver grávida, não pode sair tomando qualquer medicamento, por mais inofensivo que pareça! (Atenção para os chás, homeopáticos, fitoterápicos, óleos essenciais…Até esses tem contra indicações para essa fase!). - Sensibilidade nos seios: 5a semana, em média, mas pode surgir bem antes! Os seios podem ficar inchados ou sensíveis, devido ao aumento da produção de hormônios. É comum que o toque e até o sutiã causem desconfortos.
- Aumento das mamas: também por volta da 5a semana. São os hormônios estimulando as glândulas para a amamentação. Algumas mulheres notam esse aumento, depois de uma ou duas semanas do início da sensibilidade mamária (mas também não é regra).
- Outras alterações na aparência dos seios: é normal que os mamilos se escureçam e as veias ao redor fiquem mais destacadas. Isso vai levar um tempo, geralmente, até o fim da amamentação. Podem aparecer pequenas bolinhas nas aréolas, são glândulas que mantém a região lubrificada para a amamentação. Fica mais visível com o decorrer da gestação. Não é nada de outro mundo, não é feio e tampouco notável pela enorme maioria das pessoas. Não pira!
- Náusea ou vômitos: costuma dar as caras a partir da 6a semana (algumas mulheres começam a encarar até antes). É um sintoma clássico, cerca de 70% das mulheres vão ter. A náusea matinal é o mais comum, mas o enjôo pode vir a qualquer hora do dia, infelizmente. A boa notícia é que isso passa; 90% das mulheres não vão sentir mais, a partir do segundo trimestre.
Esse é um dos sintomas mais desconfortáveis da gravidez. Algumas mulheres têm até dificuldades de se alimentar por conta disso. Existe até uma condição em que esses vômitos são mais constantes, é a Hiperêmese. Mas calma, não significa que seja o seu caso e não significa que os enjôos não vão simplesmente desaparecer do dia pra noite. A ansiedade e o medo de vomitar acabam causando mais náusea.
Embora não se saiba a causa exata desse desconforto, existem alguns medicamentos que podem ajudar, mas eles precisam ser recomendados pelos médicos. Mais uma vez, não saia tomando remédio por conta própria. E atenção, vale destacar: o Vonau, um remédio bastante conhecido e usado para combater os enjôos NÃO É MAIS RECOMENDADO PARA GRÁVIDAS. Converse com a sua médica para saber qual a solução mais recomendada para o seu caso. Na dúvida, fique só com as receitas de vó, cientificamente comprovadas: água gelada, em poucas quantidades; limão e gengibre ajudam.
Se você está grávida e está tomando algum suplemento vitamínico, evite tomar em jejum (dá revertério até em quem não está grávida!).
- Produção excessiva de saliva: também ao redor da 5a e 6a semanas. Costuma vir acompanhada dos enjôos, mas ao contrário da náusea, é comum ficar até o fim da gestação.
- Constipação intestinal (prisão de ventre; dificuldade para fazer cocô): não deveriam, mas algumas mulheres têm isso desde sempre, né? Em se tratando de sintoma de gravidez, é um problema que costuma ganhar força lá pra 6a semana. Na verdade, é perder força. É que alguns órgãos ficam mais relaxados durante a gestação para que o útero possa crescer. O intestino é um deles. Ele perde um pouco a capacidade de contração e isso acaba atrapalhando o trânsito intestinal. Associado a uma dieta pobre em fibras e água, a prisão de ventre pode ser um incômodo e tanto!
- Barriga inchada: não é só desculpa de peidorreiro. É aquele momento em que as calças começam a não servir, de uma semana para a outra. Não, amiga, não é que nem a gente voltando das férias. É muito mais rápido!
A literatura fala que acontece por volta da 5a e 6a semanas, mas dependendo do que você come, pode surgir muito antes! Não vá também entrar na pilha de ter de caber nessas roupas de todo o jeito, hein? Se tem uma hora em que a gente precisa ganhar volume abdominal é essa! O bebê precisa de espaço! A recomendação é o equilíbrio: nem viver de alface nem comer tudo que dá vontade desenfreadamente.
Ah, a tal da dieta equilibrada! É difícil, eu sei. Tem um monte de hormônio subindo, um mundo de mudanças, várias emoções misturadas…mas a gente precisa segurar a onda para não compensar tudo na comida (principalmente nos doces e nos ultra processados!) É muito importante contar com ajuda nesse momento. Converse com a sua obstetra e sempre que puder, procure um endócrino ou nutricionista.
Agora, vamos falar para aquela amiga que está congelada, desde o segundo tópico: às vezes, não é gravidez. É só a feijoada mesmo! Tem alguns momentos do nosso ciclo menstrual em que um efeito parecido acontece. Tem mulher que na TPM chega a pesar 2 a 3kg a mais. Tem estágios em que a gente naturalmente retém mais líquido…enfim, calma, faça os testes e procure um médico. Não estando grávida, a recomendação é a mesma. Se você percebeu um aumento repentino de peso, procure um médico.
- Aumento do sono e do cansaço: outro clássico sintoma também de 5a e 6a semanas! Muitas mulheres sentem um cansaço enorme durante a gravidez, devido ao aumento da produção de progesterona e do fluxo sanguíneo. Fazer atividade física ajuda muito a ter mais disposição, mas não é raro que uma mulher ultra baladeira comece a querer dormir às 8 da noite!
Para algumas, é um sono descomunal, de fazer dormir em ônibus, na sala de espera de médico…onde der para encostar! Ainda mais, nos dias quentes, em que a pressão pode abaixar. A solução é uma só: dorme, fia! (Eu vou preencher logo este espaço com um frase qualquer, antes que brote alguém do nada para falar aquele chavão p** ** **: “aproveita, porque depois, você não vai dormir, não! O que você não vai fazer depois do parto, é dormir! Nunca mais você vai dormir…”etc). Já aviso a quem chegou agora neste site: sem entrar no mérito do quanto disso possa ou não ser verdade, sono aqui é um tópico sensível! A gente leva muito a sério! Não vou nem entrar nesse assunto agora. Vai ter muito material sobre isso por aqui! Mas quer saber? Sim, aproveite. É um dos poucos momentos em que a gente pode fazer isso, sem ter uma pessoa bem panaca nos julgando. Todo mundo concorda que grávida se cansa e que tem que dormir. Ponto.
“Ah, mas gravidez não é doença…” Outro ponto sensível. A gente aqui não vai cansar de completar: “mas para ser benção precisa ser protegida”. Então, fica caladinho. Deixe a grávida em paz, dormindo, quando e se precisar. Aliás, deixe qualquer mulher dormir. Nós estamos exaustas! Acúmulo de função não é brincadeira!
Feito o esparrame, é bom destacar: sono em excesso nem sempre é gravidez. A grande maioria de nós dorme pouco, mal, se alimenta mal também e não faz as atividades físicas na quantidade recomendada. Além disso, existem outras questões que precisam ser investigadas: anemia, distúrbios de tireóide, stress excessivo, depressão…Enfim, qualquer alteração que notemos em nós precisa ser investigada, sempre.
- Xixi toda a hora (5a ou 6a semanas): a vontade de fazer xixi pode aumentar, principalmente, à noite. Isso é algo que infelizmente vai acompanhar a mulher até o fim da gestação. É um sintoma comum, mas atenção: se vier acompanhado de uma urina escura ou de ardência ao urinar, é bom ir rápido ao médico para checar se não é uma infecção urinária.
Lembra do papo de alguns órgãos ficarem mais relaxados com os hormônios para o útero poder crescer? Então, no início, rola isso com a bexiga também. Ela perde a capacidade de se esvaziar totalmente, então, a mulher precisa ir ao banheiro mais vezes. No fim da gravidez, é o bebê comprimindo a bexiga mesmo!
É para fazer xixi na calça? Normalmente, não. No máximo, uma corridinha para o banheiro. Nós queremos chamar atenção aqui para o assoalho pélvico. Converse com a obstetra sobre como anda o seu e se tiver condições, procure uma fisioterapia especializada para a região pélvica. Ajuda demais a quem planeja ter um parto normal. Vamos falar muito sobre isso aqui.
Em qualquer época, independente de a mulher estar grávida ou não, o assoalho pélvico merece atenção. Se você é daquelas que faz um xixizinho levezinho que seja ao espirrar, tossir, rir demais, subir escada etc, uma fisio especializada pode lhe ajudar.
- Desejos por alimentos bem específicos (comum a partir da 6a semana): Todo mundo conhece um caso engraçado como o da mulher que acorda de madrugada, fazendo o marido ir atrás de atum com provolone e calda de chocolate! Até aí, tudo bem, cena de filme! Mas se a coisa ficar estranha demais, a ponto de a mulher desejar comer terra, arroz cru, tijolo…aí, precisa investigar porque pode ser deficiência de algum nutriente (ATENÇÃO, INFORMAÇÃO PARA LEVAR PARA VIDA: isso pode acontecer com qualquer pessoa, não só as grávidas!).
- Alteração de paladar e olfato (6a semana também): mais um sintoma clássico de gravidez, aquele que faz com que vegetarianas queiram churrasco!
Eu me lembro de uma amiga, grávida, que chegou no trabalho dizendo: “nossa, tô com um gosto de cabo de guarda-chuva na boca”! Se você não sabe como é o gosto de um cabo de guarda-chuva, para um pouquinho e vai lá, dar uma lambida! Na próxima gestação, você já vai saber como é e talvez, até queira um para acompanhar o atum com calda de chocolate! (Mas passa um álcool 70 antes, tá? Tem essas coisas da Covid…)
Graças a Deus, não é algo que acontece com todo mundo!
- Aversão a certos odores ou alimentos (6a semana): provocam náuseas e vômitos. Vamos lá, tem perfume que enjôa qualquer um, imagina uma grávida, que está ali, com o olfato aguçado? O contrário também acontece. Conheci uma gestante que ficou vidrada em cheiro de gasolina.
De cortume, eu ainda não conheci.
Ainda bem.
- Falando nisso, vamos falar do aumento dos gases (puns; peidos; flatos. 6a semana): aquele momento em que um barulho ou um cheiro ruim tomam conta do elevador e todo mundo olha para a pobre coitada da grávida! Ok, é comum, principalmente, no primeiro trimestre. A gente morre de vergonha! Mas culpar a grávida é sacanagem! Segura o rojão aí! A gente já passa perrengue que chega!
Falando sério, o desconforto e o constrangimento são reais. A dica é evitar alimentos que naturalmente já provocam o aumento de gases; movimentar-se bastante (dica valiosa para quem trabalha muito tempo sentada); evitar bebidas gasosas e se o bicho pegar feio, usar um remedinho (tem medicação que é totalmente segura para o bebê; é inclusive, usada nas cólicas dele, mas lembre-se de conversar com a sua médica antes!).
Sabe uma outra dica que funcionaria muito? Cerca-se de adultos! Você não precisa virar aquele humorista pastelão da almofada de peido, mas se escapar um punzinho, não precisa fazer muito drama! É desculpar-se, lembrar que é normal, rir e tocar o barco! Tem coisa pior, amiga! Tem! Tem sim. (Ajudem aí, nos comentários, a listar coisas piores!) - Tontura (6a semana): a pressão e a frequência cardíacas baixas podem causar tontura, fraqueza e um possível desmaio. Atenção! Não deixe de se alimentar corretamente, de usar roupas adequadas à temperatura, de se hidratar direitinho e de pedir ajuda, caso sinta uma tonturazinha leve que seja.
- Mudanças de humor (6a semana): as alterações hormonais podem causar mudanças de humor e emoções intensas.
Eu me lembro que eu chorei, vendo Miss Universo: a nossa Miss Brasil Mayra Dias (maravilhosa!) chegou deslumbrante, numa roupa amarela linda, desfilou soberana, chegou na ponta da passarela, se agachou… e virou um beija-flor!!! Foi surpreendente, foi inusitado, lindo, mas eu chorei copiosamente e não sabia explicar bem o porquê. Eu só me lembro do meu marido chegar, me ver de cara inchada e eu dizer umas coisas assim (chorando de novo): “a mulher é linda! Chegou de amarelo! De amarelo! Podia meter um biquíni e ser gostosa, mas não, ela se agachou e virou um passarinho! Que humilde!” Meu marido olhou, tentou pensar um pouquinho no pouco que tinha ouvido da narração e falou: é legal, amor, mas a roupa custou 27 mil reais! Não é exatamente humilde…” “Você não entende… (suspiro)”
Aí, ele respirou fundo, buscou paciência eu sei lá de onde, segurou a minha mão e falou: “é muito lindo, meu amor, ela se agachou lá, né? Pelo Brasil…que bonito…É bonito sim, tá?” E hoje, a gente morre de rir disso! (Eu continuo achando a Mayra Dias linda e humilde, mas eu consigo contar a história sem chorar!)
OK, engraçado, mas nem tudo são beija-flores numa gravidez. Por isso, é importante ter apoio emocional. Saiba que embora haja influência, nem tudo é culpa dos hormônios. Em muitas situações, eles são apenas a substância que vai fazer as emoções boiarem até a superfície. É normal, todos nós temos questões para trabalhar. Acontece que quando a gente está grávida, nossas questões não são só nossas mais.
Há muitos estudos que apontam a influência das emoções da mãe no desenvolvimento cerebral do feto. Embora isso seja público e notório, não é simples para a mãe lidar com a máxima: “fica bem, pelo bebê. Tudo o que você sente, ele sente também, então, você PRECISA ficar feliz!” Quem é que nunca ouviu algo assim e se sentiu o pior ser humano do planeta? É óbvio que dizer essas coisas só pioram a situação.
Por essas e por tantas outras é que a gente bate na tecla da ajuda especializada. Terapia ajuda muito! Sempre.
- Dor de cabeça: não acontece com todo mundo, é mais comum na 8a semana, mas pode surgir já no comecinho da gravidez para algumas azaradas (e não necessariamente vai acompanhar a mulher até muito depois). Além dos hormônios, stress, cansaço, desidratação, excesso de cafeína e de alimentos ultraprocessados (alô, Rita Lobo! Tô fazendo bem o meu papel aqui!) podem contribuir para o aumento da dor de cabeça também. Lembrando: não vá tomar qualquer medicação sem consultar o médico. “Ah, mas esse é bobinho…é um analgezicozinho…” Não. Tome. Remédio.Por.Conta.Própria.
- Alterações de apetite (comum em toda a gestação): a fome pode aumentar ou sumir, em caso de enjôos. O mais comum, é aumentar, mas sem essa de “comer para dois”, hein? Não existe isso mais!
A recomendação hoje é seguir uma dieta balanceada. Lembre que o que você come interfere não só no desenvolvimento do bebê quanto no paladar que ele virá a ter depois. Quer uma introdução alimentar tranquila lá na frente? Pois comece a pensar agora! Reduza açúcares, sal e carboidratos ruins. Passe longe do risco desnecessário de diabetes gestacional e lembre-se das fibras para ter um bom trânsito intestinal (comer fibra sem beber muita água não adianta, hein?)
Lembrando que alterações de apetite também acontecem em outras situações. “Amiga, às vezes, você tá aqui, achando que tá grávida e tá é com verme!”
Falando sério, em qualquer época da vida, qualquer alteração de apetite muito voraz, com ganho ou perda de peso muito além do esperado, precisa de acompanhamento médico.
Algumas questões emocionais também levam a esse quadro, então, mais uma vez, a gente reforça a necessidade de andar por aí com a terapia em dia.
- Aumento de secreção vaginal (corrimento): é muito normal, vai acontecer durante toda a gestação, devido aos hormônios. Pode ser espesso, leitoso ou transparente, o que não pode é ter odor (cheiro forte). Se tiver, é bom checar com a médica se está tudo bem.
Para algumas mulheres, essa questão é séria, incomoda bastante, mas não tem muito o que fazer, além de intensificar os cuidados com a higiene. É aumentar a troca de calcinha; quem preferir, pode usar aquele absorvente externo menorzinho, mas tem que lembrar que a vagina tem secreção mesmo, que é normal e que ela precisa respirar também!
Nesse campo, não tem muita recomendação. Quem tiver outras dicas, pode deixar aí nos comentários e a gente checa com os médicos se estão aprovadas!
- Acne (espinhas): comum a partir da 10a semana, mas pode acontecer a qualquer momento da gestação. Culpa de quem? Deles! Os hormônios! Eita que essa parte dá uma ansiedade danada na mulher que teve o aumento de espinhas no começo da gestação porque só tem o que fazer mesmo, a partir do 3o mês!
Além dos hormônios provocarem o aumento da oleosidade da pele, ainda tem o filtro solar e o repelente, que a gente não deve deixar de usar hora nenhuma (e não é frescura! Vamos falar disso aqui ainda). Sabonetes que tenham ácido salicílico são proibidos para as grávidas! Então, o jeito para acabar com a oleosidade é usar um sabonete bem suave e esperar pacientemente. A partir do 3o mês, já dá pra usar alguns ácidos bem levinhos e que ajudam (muito!) a controlar as espinhas! MAS ATENÇÃO: em todo o período gestacional e durante a amamentação não é qualquer produto que pode ser usado! Tem que ter recomendação médica até para óleos vegetais! (Nós vamos preparar um post só sobre cosméticos).
Fonte (que amamos): Febrasgo – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia)
Quando é possível detectar a gravidez através do exame?
Os exames de gravidez podem ser usados para detectar a presença do hormônio humano gonadotrofina coriônica (hCG) no sangue ou na urina de uma mulher. O hCG é produzido logo após a implantação do embrião na parede do útero. Os exames de sangue são geralmente mais precisos e podem detectar uma gravidez antes de um exame de urina, cerca de 7-12 dias após a concepção. Já os exames de urina podem detectar uma gravidez cerca de 14 dias após a concepção. Hoje, há no mercado alguns testes de urina que prometem a detecção mais cedo, mas na dúvida, escolha o exame de sangue, que é o mais preciso.
Quais os cuidados que se deve ter antes de realizar o exame?
Antes de fazer um exame de gravidez, são importantes alguns cuidados como:
- Buscar informações sobre o tipo de exame, a marca, a precisão informada pelo fabricante e o período recomendado para fazer o teste (alguns conseguem detectar o resultado, antes do atraso menstrual; outros, não);
- Checar a validade do teste;
- É bom fazer o exame na primeira urina da manhã, quando a concentração de hCG é mais alta;
- Não beber muita água antes de fazer o exame, pois isso pode diluir a urina e afetar o resultado;
- Seguir as instruções de armazenamento e preparo do exame de acordo com as instruções do fabricante. Isso é muito importante e pode impactar a precisão do resultado;
- Interpretar cuidadosamente o resultado. Às vezes, tem tanta emoção e ansiedade envolvida que a mulher se confunde, não espera o tempo necessário e acaba não compreendendo bem o que o resultado quis dizer.
O que fazer após o resultado positivo? Qual é o próximo passo?
Se o teste de gravidez for positivo, é recomendado marcar uma consulta com um médico para confirmar a gravidez e iniciar o acompanhamento pré-natal. O médico fará uma série de exames e verificará o desenvolvimento do embrião, além de fornecer orientações sobre cuidados com a saúde, exercícios físicos, alimentação e medicamentos. É importante começar a planejar as finanças, organizar o trabalho, buscar ajudas necessárias (rede de apoio) e preparar o psicológico para os dias que virão.